quinta-feira, 27 de setembro de 2018

This is America, Childish Gambino (explained)


Vídeo original da música aqui.

Pensar cultura e comunicação no século XXI


A interculturalidade tem lugar quando duas ou mais culturas entram em interacção de uma forma horizontal e sinérgica. Para tal, nenhum dos grupos se deve encontrar acima de qualquer outro que seja, favorecendo assim a integração e a convivência das pessoas.
A educação multi-intercultural é uma necessidade e uma exigência da sociedade actual.

É imperioso repensar o papel da Sociedade, do Estado e das instituições educativas e a acção dos educadores e dos professores neste contexto económico, social e político mais complexo, trespassado por desigualdades e exclusões dos mais variados tipos, nomeadamente as que se relacionam com a identidade e a diversidade. Falamos da educação para os valores, para a paz, para a cidadania, para os direitos humanos e igualdade de oportunidades, para a tolerância e convivência, de educação anti-racista e anti-xenófoba, etc. - Educação multi-intercultural. Porém, no nosso dia-adia, somos, amiúde, confrontados com estereótipos e preconceitos, com manifestações de intolerância, marginalização, racismo, xenofobia nos mais variados espaços sociais. 

"Nenhum destes defensores da excepcionalidade lusitana incorpora na sua análise dados quantitativos e qualitativos relativos à segregação territorial, à violência policial racista, à discrepância no trajecto escolar e académico entre a maioria da sociedade e estas comunidades, à diferença abissal da taxa de encarceramento observada entre estas comunidades e o resto da sociedade, às diferenças salariais entre os sujeitos racializados e a maioria da sociedade, à sua ausência nos espaços de poder real ou simbólico, e também não fazem uma análise das representações racistas e colonialistas nos manuais escolares."  (Mamadou Ba)

"O estado de emergência em que vivemos não é a exceção, mas a regra. Temos de nos ater a um conceito de história que corresponda a esta visão”. (Walter Benjamin
)

Memória histórica, movimentos globais e violência


Deixamos o link para uma conversa entre Paul Gilroy e Arjun Appadurai subordinada ao tema: "Memória histórica, movimentos globais e violência", da qual fica uma apresentação.

Esta entrevista foi feita a fim de dar uma oportunidade para que esses dois pensadores, oriundos de diferentes disciplinas, mas cujas obras convergem em certas temáticas centrais, apresentassem uma discussão para uma audiência mais ampla sobre os temas e indagações que motivam seu trabalho atual. A obra de Paul Gilroy é conhecida como referência central da análise contemporânea da "raça" e do racismo. Em termos amplos, ele escreve sobre a constituição histórica da raça e a mobilidade das formas de racismo no tempo e no espaço. A obra de Arjun Appadurai vem da antropologia, e ele tem um interesse específico e permanente nos estudos sobre o Sul da Ásia. Tem grande influência na exploração de novos modos de conceituar os processos de formação do conhecimento antropológico. Embora os dois compartilhem certos interesses centrais, essas conexões não são explicitadas em seus escritos. Esta entrevista, realizada em Londres durante a visita de Arjun Appadurai em 1997, foi uma oportunidade de reunir os dois autores para discutir os temas e conexões que ambos exploram de diferentes maneiras, mas com motivações teóricas e políticas semelhantes. Em particular, eu queria questiona-los os temas que penso que constituem o centro crítico dos estudos culturais: a política da memória, a teorização dos deslocamentos e os novos conceitos de espacialidade, a crítica da autenticidade e os modos de teorizar a corporificação; e também sobre as direções convergentes em seu trabalho atual, especialmente em torno das noções das ações extremas, da guerra e da violência. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Sugestões de filmes


BABEL  (França-EUA-México), 2007
Realizador: Alejandro González Iñarritu  

Sinopse:
Um autocarro repleto de turistas atravessa uma região montanhosa em Marrocos. Entre os viajantes estão Richard (Brad Pitt) e Susan (Cate Blanchett), um casal de americanos. Perto do percurso do autocarro, os meninos Ahmed (Said Tarchani) e Youssef (Boubker At El Caid) brincam com uma espingarda que o pai lhes deu para protegerem a pequena criação de cabras da família. Um dos tiros que disparam ao acaso nas montanhas atinge o autocarro, ferindo Susan. A partir daí o filme mostra como este facto afeta a vida de pessoas em vários pontos diferentes do mundo: nos Estados Unidos, onde Richard e Susan deixaram os seus filhos ao cuidado da ama mexicana; no Japão, onde um homem (Kôji Yakusho) tenta superar a morte trágica da sua mulher e ajudar a filha surda (Rinko Kinkuchi) a aceitar a perda; no México, para onde a ama (Adriana Barraza) acaba levando os filhos do casal americano; e ali mesmo, em Marrocos, onde a polícia passa a procurar suspeitos de um ato terrorista.



O VISITANTE  (EUA), 2009  
Realizador: Tom Mccarthy

Sinopse:
Walter Vale (Richard Jenkins) é um professor universitário de 62 anos, que não tem um objetivo na vida. Solitário desde o falecimento da sua esposa, ele permanece na universidade em que trabalha e finge ser co-autor de livros que nem lê. Um dia é enviado para uma conferência em Nova York, já que a autora de um destes livros está impossibilitada de comparecer. Reticente a princípio, mas sem escapatória, Walter viaja. Ele resolve ficar no seu apartamento na cidade, que já não visita há vários meses. Porém ao chegar descobre que o local agora abriga um casal de imigrantes ilegais, formado pelo sírio Tarek (Haaz Sleiman) e a senegalesa Zainab (Danai Jekesai).



 A TURMA  (FRANÇA), 2009
Realizador: Laurent Cantet

Sinopse
François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa numa escola de ensino secundário, localizada na periferia de Paris. Ele e os seus colegas professores buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François tenta estimular os seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes obstáculos.


NO CORAÇÃO DA ESCURIDÃO (EUA), 2017
Realizador: Paul  Schrader

Sinopse
Ernest Toller (Ethan Hawke) é um ex-militar que, após a morte do filho na Guerra do Iraque, se refugiou na fé. É assim que, tornado pastor, acaba por ser colocado numa pequena localidade a norte de Nova Iorque. Lá, conhece Mary (Amanda Seyfried), uma jovem a atravessar um momento difícil com o marido, um ambientalista radical. Através deles, Toller descobre uma série de negócios obscuros entre a Igreja que representa e algumas empresas pouco escrupulosas da região. Ao perceber a sua impotência para resolver o caso, o reverendo vê-se a colocar em causa as suas mais profundas convicções.



O INSULTO   (FRANÇA – CHIPRE – EUA – BÉLGICA – LÍBANO), 2017
Realizador: Ziad Doueiri

Sinopse
Beirute. Toni (Adel Karam) é um cristão libanês que rega diariamente as plantas da sua varanda e um dia, acidentalmente, molha Yasser (Kamel El Basha), um refugiado palestiniano. Assim começa um intenso desacordo que evolui para julgamento com ampla cobertura mediática e toma dimensão nacional.



AS SERVIÇAIS      (EUA), 2016
Realizador: Tate Taylor

Sinopse
A acção passa-se em Jackson, uma pequena cidade no estado do Mississipi, nos anos 1960. Skeeter (Emma Stone) é uma rapariga de classe alta que está determinada em tornar-se escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram as suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a toda a comunidade. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas entrevistas.



INVICTUS (EUA), 2009   
Realizador: Clint Eastwood

Sinopse
Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência de que a África do Sul continuava a ser um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade do Campeonato do Mundo de Rêguebi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o desporto para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipa sul-africana, e o incentiva para que a seleção nacional seja campeã.



UMA MULHER NÃO CHORA  (FRANÇA – ALEMANHA), 2018
Realizador: Fatih Akin

Sinopse
Após cumprir pena por tráfico de drogas, o turco Nuri Sekerci (Numan Acar) leva uma vida amorosa e tranquila com a esposa Katja Sekerci (Diane Kruger) e o filho Rocco na Alemanha. Certo dia ele e o menino estão no escritório e morrem vítimas de uma explosão criminosa, tragédia que deixa Katja desesperada. Ela recorre aos tribunais para procurar a punição dos culpados – que se vem a saber ser um casal neonazi – e, insatisfeita com o desenrolar do caso, decide-se pela vingança pelas as próprias mãos.



INCENDIES – A MULHER QUE CANTA  (CANADÁ), 2011 
Realizador: Denis Villeneuve

Sinopse
Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) e Simon (Marwan Maxim) são irmãos gémeos e acabaram de perder a mãe, Nawal Marwan (Lubna Azabal). Eles vão ao escritório do notário Jean Lebel (Rémy Girard) para saber informações sobre o testamento. No documento, Nawal pede que seja enterrada sem caixão, nua e de costas, sem que haja qualquer lápide em seu túmulo. Ela deixa também dois envelopes, um a ser entregue ao pai dos gémeos e outro para o irmão deles. Apenas após a entrega de ambos é que Jeanne e Simon receberão um envelope endereçado a eles e será possível colocar uma lápide. Só que Jeanne e Simon nada sabem sobre a existência de um irmão e acreditavam que seu pai estava morto. É o início de uma jornada em busca do passado da mãe, que os leva até a Palestina.



HUMANO –UMA VIAGEM PELA VIDA (FRANÇA), 2016
Realizador: Yann Arthus Bertrand  (Documentário)

Sinopse
Com testemunhos e imagens aéreas exclusivas, o introspectivo documentário aborda quem nós somos hoje em dia. Não só como comunidade, mas como indivíduos. Através das guerras, descriminações e desigualdades, confrontamos a realidade que também contempla discursos de solidariedade. Uma reflexão do futuro que queremos para nós, seres humanos, e o planeta.

   

VEDAÇÕES (EUA), 2017
Realizador: Denzel Washington

Sinopse
Anos 1950. Troy Maxson (Denzel Washington) tem 53 anos e mora com a esposa, Rose (Viola Davis), e o filho mais novo, Cory (Jovan Adepo). Ele trabalha recolhendo lixo das ruas e tenta há muito tempo ser promovido ao cargo de motorista do camião do lixo. Troy sente um profundo rancor por não ter conseguido, quando era mais jovem, jogador profissional de baseball, devido à cor da sua pele, e por causa disto não quer que o filho persiga a carreira de atleta. Isto faz com que o jovem confronte o pai quando um agente desportivo está prestes a ser enviado para observar Cory nos treinos de futebol americano.




MEIO SOL AMARELO (REINO UNIDO – NIGÉRIA) 2013
Realizador: Biyi Bandele

Sinopse
As gémeas Olanna (Thandie Newton) e Kainene (Anika Noni Rose) são uma exceção na Nigéria, seu país natal, pois cresceram numa família rica e foram estudar para Inglaterra. Quando regressam, escolhem caminhos muito diferentes. Olanna decide ir morar com o amante, Odenigbo (Chiwetel Ejiofor), e acaba por ter problemas com a família, enquanto Kainene conquista o sucesso profissional como empresária e se apaixona pelo escritor inglês Richard (Joseph Mawle). Os acontecimentos da guerra civil nigeriana colocam em questão o futuro das irmãs.



MOONLIGHT  (EUA) 2017
Realizador:  Barry Jenkins

Sinopse
Três momentos da vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami. Do bullying na infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas, este é um poético estudo de personagem.



MANDELA- LUTA PELA LIBERDADE   (Reino Unido, África do Sul, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, França, Itália) 
Realizador: Bille August

Sinopse
James Gregory (Joseph Fiennes) é um típico branco sul-africano, que vê os negros como seres inferiores, assim como a maioria da população branca que vivia na África do Sul sob o apartheid dos anos 60. Crescido no interior, ele fala bem o dialeto Xhosa. Exatamente por isso, não é um carcereiro comum: atua, na verdade, como espião do governo com a missão de repassar informações do grupo de Nelson Mandela (Dennis Haysbert).


DEAR WHITE PEOPLE (EUA, série Netflix, 2017)
É uma série de televisão satírica americana baseada no filme de 2014 com o mesmo nome. A série acompanha um grupo de estudantes negros de uma importante universidade dos Estados Unidos, pertencente à Ivy League, cuja maioria dos alunos é branca. Dear White People retrata como esses personagens lidam com o racismo no campus da universidade. Depois de uma festa de Halloween, com a temática blackface, organizada por um grupo de alunos brancos, várias tensões raciais se desenrolam no ambiente académico. São 10 episódios, cada um focando um dos personagens centrais, incluindo Sam White (Logan Browning), a criadora do programa de rádio que dá nome à série.



SOBRE MULTICULTURALISMO

Valores e Cultura - a diversidade e o diálogo de culturas

ALBERTO MANGUEL

MULTICULTURALISMO

MULTICULTURALISMO NO BRASIL

Brasil, exemplo de Multiculturalismo

O que é o "multiculturalismo"?

Sobre Interculturalidade

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Programa de Comunicação Intercultural 2018-2019

1.Nome da unidade curricular
Comunicação Intercultural
Intercultural Communication

2.Ciclo de estudos
1.º

3.Docente responsável e respectivas horas de contacto na unidade curricular (preencher o nome completo)
Ana Paula Ribeiro Tavares— 45 TP + 30 O

5.Objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
O objectivo da UC é fornecer a base teórica para uma abordagem sustentada a questões de
estudos culturais. Considerando-se o modo como o conceito tradicional de cultura tem vindo a ser objecto de questionamento e a forma como a identidade é entendida menos como um dado do que um processo complexo de identificação, a análise de processos de contacto e de intercâmbio cultural tem de ser consequentemente revista, bem como a própria noção de interculturalidade. Estas abordagens são articuladas com a análise de práticas culturais concretas, das quotidianas às artísticas, incluindo questões de cidadania, afim de fornecer aos estudantes as competências que lhes permitam uma abordagem prática a estes tópicos que não descure o elemento teórico-reflexivo. No final do semestre os estudantes deverão estar aptos a aplicar os seus conhecimentos.


5.Learning outcomes of the curricular unit

LOs of the CU are the capacity to apply a theoretically sustained approach to issues of intercultural communication, with a special emphasis on contributions from cultural anthropology and cultural studies. Based on the notion that the concept of culture itself has been subject to critical approaches, and that identity is less a given than a complex process of identification, the analysis of processes of cultural contact and exchange has to be revised, as well as the notion of interculturality itself. These approaches are articulated with concrete cultural practices on several levels, from everyday life to artistic initiatives, as well as questions of citizenship, thereby contributing to an approach to issues of interculturality that provides students with skills that will enable a hands-on approach to these topics framed by a reflective theoretical apparatus. At the end of the semester students are expected to be able to apply their knowledge to concrete situations and problematics.



6.Conteúdos programáticos
Comunicao intercultural
1.1. Problematização do conceito.
1.2. Comunicacão e ‘diferença’.
1.3. Cultura como diferença: Hierarquia e igualdade.
1.4. A produção da diferença
2. Interculturalidade/ Transculturalidade
2.1. Antropologia e situação colonial
a. Antropologia e subjectividade
b. Cultura e mudança
c. Antropologia e produção da diferença
2.2. Produção da diferença, hierarquias e fronteiras
a. Crise da representação etnográfica e pós-colonial idade
b. Transculturação na zona de contacto
c. Auto-etnografia, representação e poder
3. Diferença, estereótipo e representação
3.1.Racismo, corpo, desejo e ambivalência.
3.2. Raça e cultura
3.3.O Oriente como ‘diferença’
3.4.Representação e imagem
a. Representação e linguagem
b. Representação e poder
c. Estereótipos e sua genealogia
d. Contrariar estereótipos
4. Diferença, subalternidade, cidadania
4.1.Cidadania e civilidade
4.2.Cidadania e imigração: o direito a ter direitos


6.Syllabus

1. Intercultural communication.

1.1. Problematization of the concept

1.2.Communication and ‘difference.’

1.3.Culture and ‘difference’. Hierarchy and equality.

1.4.The production of ‘difference.’

2. Interculturality/ Transculturality

2.1. Anthropology and the colonial situation

a. Anthropology and subjectivity

b. Culture and change

c. Anthropology and the production of difference

2.2. Production of difference, hierarchies and borders

a. The crisis of ethnographic representation and the post-colonial condition

b. Transculturation in the contact zone

c. Auto-ethnography, representation and power

3. Difference, stereotype and representation

3.1.Racism, embodiment, desire, and ambivalence.

3.2.Race and culture

3.3.The Orient as ‘difference’

3.4.Representation and the visual

a. Representation and language

b. Representation and power

c. Genealogy of stereotypes

d.Countering stereotypes

4. Difference, subalternity, citizensh

4.1.Citizenship and civility.

4.2.Citizenship and immigration: the right to have rights


7.Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos de aprendizagem da unidade curricular
A UC apresenta os principais conceitos, ao mesmo tempo que os contextualiza com exemplos concretos, enquadrando-os historicamente e considerando o emergir da antropologia em contextos coloniais bem como o seu questionamento a partir de uma perspectiva pós-colonial. Os pressupostos teóricos fornecem os fundamentos que permitirão aos alunos analisar exemplos concretos, evitando a armadilha da exoticização da diferença. A Unidade 1 é complementada com materiais audiovisuais para possibilitar o debate em torno de exemplos articulados com as teorias apresentadas. Unidade 2: concentra-se na ideia de cultura como diferença, segundo a antropologia cultural, simultaneamente considerando tendências afins surgidas nos estudos culturais, nomeadamente a partir de uma perspectiva pós-colonial. A Unidade 3 aborda o conceito de representação, a sua poética - o seu sistema de significação - e a sua política, fornecendo uma ferramenta decisiva para se abordar a questão do estereótipo, tendo em conta o seu poder e impacto. Exemplos, extraídos predominantemente do cinema e da cultura visual, desempenham um papel central. As questões associadas também com a imigração, identidade nacional e cidadania na Europa serão o principal tema da Unidade 4.


7. Demonstration of the syllabus coherence with the curricular unit's objectives

The CU starts with the main concepts to be used, while contextualising them with recourse to precise examples, and framing them within a historical approach that considers the emergence of anthropology in colonial settings, as well as its questioning from a postcolonial perspective. The theoretical, reflective presuppositions will provide the foundation that will allow students to analyse concrete examples and avoid the trap of exoticizing difference. Unit 1 is complemented by visual materials, so as to facilitate discussions on examples to be articulated with the presented theories. Unit 2 concentrates on the idea of culture as difference developed in some tendencies in cultural anthropology, while also considering similar approaches that emerged in cultural studies, namely from a post-colonial perspective. Unit 3 introduces the concept of representation and its poetics- as a system of signification- and politics - as a way of exerting or accepting power -, thereby providing a decisive tool to address the question of stereotyping. Examples derived from film, and visual culture thus play a main role in the seminars. Issues linked to immigration, national identity and citizenship in Europe will be major topics in the last Unit (4).



8.Metodologias de ensino (avaliação incluída)
As MEs associam uma abordagem teórica com exemplos concretos e o envolvimento dos estudantes na sua análise, através da leitura dos textos obrigatórios. É fundamental a participação oral e o trabalho em grupo, como ponto de partida para um pensamento crítico e dialogante. Os trabalhos escritos visam desenvolver as capacidades argumentativas dos alunos e o confronto crítico com posições teóricas, pensadas a partir da necessidade de as aplicar em contextos precisos. O material de apoio são disponibilizados através de uma plataforma online. O acompanhamento dos alunos é feito nas aulas, através da partilha de informação na plataforma ou do atendimento individual/em grupo. A avaliação compõe-se de 3 elementos: a) participação oral 30%; b) prova presencial escrita: comentário crítico a um excerto/imagens ou o desenvolvimento de uma argumentação consistente a partir de uma questão precisa 35%; c) trabalho final escrito sobre um texto ou tópico previamente acordado com o docente.


8.Teaching methodologies (including evaluation)

TMs associate a theoretical approach with concrete examples and the involvement of students through a close reading of the assigned. Oral participation and discussion in groups are fundamental for a critical, dialoguing thinking. Written assignments are intended to develop the students’ argumentative capacities and their critical engagement with theoretical positions, backed up by the need to apply them, and test them in precise contexts. Support material will be made available through an online platform. Tutoring takes place during seminars, through information shared through the online platform and by meeting students individually or in small groups. Evaluation consists of 3 elements: a) oral participation (30%), b) written assignment in class consisting of a critical commentary of text excerpts, images or the development of a sustained argument departing from a precise question (35%); c) final written assignment on a text or topic formerly agreed with the instructor (35%).


9.Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objectivos de aprendizagem da unidade curricular
As ME conferem importância decisiva à leitura minuciosa dos textos teóricos, associando-a a exemplos práticos, ilustrativos, dos tópicos abordados, questão de
importância maior num campo em que a experiência e as práticas concretas, quotidianas
fornecem o pano de fundo a partir do qual os tópicos deverão ser abordados e explorados criticamente. As secções principais são planeadas de acordo com esta perspectiva, partindo de uma reflexão crítica acerca da própria noção de interculturalidade. As tarefas atribuídas aos estudantes tomam este ponto de partida em consideração, ao fornecerem as ferramentas teóricas e metodológicas necessárias para a análise de fenómenos contemporâneos, permitindo-lhes desenvolver um pensamento autónomo sobre as questões abordadas.

9.Demonstration of the coherence between the teaching methodologies and the learning outcomes

TMs accord decisive importance to the close reading of theoretical texts, while also giving particular attention to practical, illustrative examples, a method which is of paramount importance in a field in which concrete, everyday experiences and practices provide the backdrop against which the topics are to be addressed and critically explored. The main sections are accordingly planned, departing from a critical approach to the issue of interculturality itself. The tasks assigned to students take this into consideration providing the theoretical and methodological tools to analyse contemporary phenomena and develop a reflective, autonomous thinking on the issues addressed. 

10.Bibliografia

Livros:
Balibar, Etienne. 2005. We the People of Europe. Princeton, Oxford: PUP.
Benhabib, Seyla. 2005. Another Cosmopolitanism. Oxford: OUP.
Bhabha, Homi K. 1994. The Location of Culture. London, New York: Routledge.
Clifford, James. 1988. The Predicament of Culture. Cambridge, MA, London: HUP.
Fox, Richard, G., Barbara J. King. Eds. 2002. Anthropology beyond Culture. Oxford, New York: Berg.
Geertz, Clifford. 1973. The Interpretation of Cultures. New York: Basic Books.
Gilroy, Paul. 1993. The Black Atlantic. London: Routledge.
Hall, Stuart. 1997. Ed. Representation. Cultural Representations and Signifying Practices. London: Sage.
Herzfeld, Michael. 2001. Anthropology: Theoretical Practice in Culture and Society. Oxford: Blackwell.
Rosaldo Renato.1993. Culture and Truth. The Remaking of Social Analysis. Boston: Beacon Press.
Sanches, Manuela Ribeiro. 2005. Deslocalizar a Europa. Lisboa: Cotovia.

Filmes:
London River (2009); Balada de um Batráquio (2016); I Am not your Negro (2016)

(ATENÇÃO: Serão acrescentadas novas sugestões em breve)


11.Tempo de atendimento de alunos / Office hours
Duas horas semanais/ Two hours week
Sempre que for necessário e solicitado pelo aluno/ whenever booked with the student.




Mulheres negras: moldando a teoria feminista, por bell hooks

  bell hooks Artigo completo:  (20) (PDF) bell hooks * Mulheres negras: moldando a teoria feminista Black women: shaping feminist theory | D...